domingo, 28 de dezembro de 2014

voar

mulher, cisgênera, inteira e genuína. psicóloga por formação, confiante por opção. com sede para aprender e caminhar pelo mundo... com vontade suprema de abraçar o universo. 

domingo, 14 de dezembro de 2014

gostando

Eu gosto do seu corpo
Eu gosto do que ele faz
Eu gosto de como ele faz.

Eu gosto de sentir as formas do seu corpo, dos seus ossos e sentir o tremor firme e doce de quando lhe beijo e volto a beijar e volto a beijar.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

M. Bethânia



De que serve ter o mapa
se o fim está traçado
De que serve a terra á vista
se o barco está parado
De que serve ter a chave
se a porta está aberta
De que servem as palavras
se a casa está deserta?

Maria Bethânia - Quem me leva os meus fantasmas

terça-feira, 25 de novembro de 2014

entre mulheres


As obrigações para a semana surge na tela do celular. Sinto vontade de deixa-lo na estrada!.

Ela não interrompe meu silêncio, agradeço internamente a cada quilômetro. Ainda não sei se ela compreende o que sinto, mas respeita, e já é um lindo sinal.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Liberte-se


“Liberte-se” disse a mim mesma. “Liberte-se”. O toque nas mãos não foi escondido, os beijos de carinhos também não. Não houve qualquer descriminação verbal naquele dia. Todavia, olhares surgiram aos montes – o restaurante estava cheio. Ela estava tensa, não dizia uma palavra – como se a gente tivesse esse segredo interno: não podemos falar da nossa falta de afeto em público. Ok, falamos sim, mas ela expressa o medo de ser descriminada, e a conversa não passa daí.

(quem tem que mudar é o pensamento mesquinho das pessoas, não o meu envolvimento com a pessoa que tá comigo!).

Ela me olha, coloco meu sorriso mais cínico e dou um beijo breve. Se continuarmos assim ninguém nunca vai respeitar quem somos, penso em dizer, mas fico em silêncio. Medo de ser descriminada, assassinada ou estuprada pela minha condição sexual é óbvio que tenho... porém não posso agir na invisibilidade, não posso agir reprimindo meu toque em suas mãos  porque há seres humanos que acredita que somos aberração.

Ela me beija na porta do meu prédio, sinto o gostinho adorável da sua iniciativa.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

manifestação de afeto

Gosto de você; da nossa vivência
Gosto dos teus toques
e da leveza dos teus lábios

Gosto da tuas ideias,
e adoro quando tentas ampliar minha visão de mundo.

Gosto dos nossos planos loucos,
das nossas conversas,
do teu abraço.

E gosto intensamente de entrelaçar meu corpo com o teu.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

nosso mundo

Entre álcool, noite de sexo, euforia e impulso, falasse duas coisas, e uma delas foi um pedido. O pedido que eu mesma já quis fazer mil vezes! Entre risos, falaste que não era de fato um pedido, mas algo que pensou quando avisei que faria qualquer coisa por você.

Nossa história é confusa e sumo a responsabilidade. Hoje sou eu que não tenho coragem de tomar decisões. Não as tomo porque sou covarde... Não confia em mim, peço em silêncio. Sou confusa e instável: não confia em mim. Não quero machucar você. Já percebeste que sou impulsiva. Sabes da minha inconstância... não quero machucar você.




Te quero perto, mas tenho medo. Tenho medo dos teus toques, tua presença, teus beijos, teus pensamentos, teus planos.

Você me desconcerta!

sábado, 4 de outubro de 2014

aborto

Poderia ser eu, naquela vez que aliviada comemorei a vinda da menstruação. Poderia ser eu se não tivesse recurso de ter tomado, uma vez na vida, a pílula do dia seguinte. Poderia ser eu, caso a camisinha furasse. Poderia ser eu, caso a pílula anticoncepcional falhasse. Poderia ser eu, mulher adulta que trepo. Que ando pelas ruas insegura. Eu, que vivo num país em que o aborto é proibido e criminalizado. Penso que poderia ser eu quando leio notícias sobre a prisão de mulheres. Penso que poderia ser eu e sinto pela morte de Jandiras e Elizangelas. Eu só tive um pouco mais de acesso à informação e aos contraceptivos. Eu só tive um pouco mais de sorte de que eles não falhassem.

*Aborto legal, seguro e gratuito não é apenas direito das mulheres, homens trans e pessoas não binárias com útero também podem engravidar. A reivindicação é para todas essas pessoas. E nem todas as mulheres podem engravidar e tem útero.

Obs: trecho do texto "Não salva feto. Mata mulheres" retirado do blog Ativismo de Sofá.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

escrito nas nuvens

As vontades insanas causam arrepios. Mas a vontade suprema ultrapassa através da leveza. Já os beijos intensos, tornam representações da completude dos momentos. És bela!, és flor!

Você trouxe o que estava esquecido dentro de mim, a vontade insana de progredir, arriscar. Quando estou contigo, sei que posso pensar por mim mesma, na nossa história maluca pela escuridão, descobrir que posso mais do que imagino. Descobrir que posso mudar o rumo da vida a qualquer momento.

Maravilhoso viver uma experiência que permite confissões, abraços, carinhos, afetos e opiniões. Não deixamos de comunicar nossos pensamentos porque a outra não o considera aceitável; o clímax é exatamente as nossas diferenças e opiniões. Sinto-me encantada com cada gole do desconhecido.

Sonhar sonhos loucos contigo é incrível. A criatividade ao teu lado evapora, salta dentro os dedos. E nossos abraços torna real o que ainda parece existir apenas em nossa imaginação. Vivemos sozinhas com nossa história, não há ninguém para perguntar ou decretar o que há; decidimos mergulhar até não conseguirmos mais respirar... ou até voltarmos para a superficial do mar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

sintonia

A cada esquina busco rosto teu. O sorriso, o toque, o corpo. Você é meus contos secretos, minhas fantasias ilusórias. Você sobrevive na minha imaginação, nas minhas vontades. E se vamos para realidade... para o contato físico, é como uma imaginação no meio da madrugada.

Você é eu em versão futura. Você é a carne quente em busca de outra, você é o sorriso entre os beijos, os toques entre as palavras. Você é.

Com desejos intensos,

S.

domingo, 14 de setembro de 2014

ela

"Mando as fotos apenas porque você merece.
Merece porque quando estou contigo me sinto fora de alcance.
Como se nada, nem mesmo os sons dos celulares, pudesse interromper a paz que sinto ao lado seu.
Se continuar assim, é bem provável que em pouco tempo eu esteja na lua!!!"

As melhores frases são as suas... e a cada momento me sinto mais encantada!

sábado, 6 de setembro de 2014

aprofundando

Encontrei. Problema? Creio que não. Podem pensar que sou desconectada, mas no fundo, no fundo, estou apenas em busca de mim mesma.
Gostei do encontro contigo, P. Temos ideias semelhantes, e isso é totalmente atraente. És tão feminina que dói a alma, mas és básica como a nuvem e serena pela maduridade. És 8 anos mais velha que eu, e isso não faz qualquer diferença nas nossas conversas... és experiente, corajosa e cheia de vontade de conhecer o mundo.
Também quero passear pelo mundo, e nas nossas pequenas horas juntas, considerei que seria uma maravilha descobrir para onde o universo poderia me guiar. Aceita fazer um passeio? Aceita mergulhar na loucura? Aceita fantasiar comigo?
Abraços e beijos de quem acredita que o mundo é grande demais para ficar parada em um único lugar!

31/08/2016 - 19:44

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

mundo cruel

E às vezes penso que não tenho motivos para ser desequilibrada. Mas quando situações familiares acontecem, é impossível não pensar qual é meu sangue. O que não faltam são crises dentro da minha casa. Crises de todo tipo, mas as psicóticas e as histéricas ganham mais destaque. É absurdo pensar que termino Psicologia em 4 meses dentro de um contexto familiar animalesco. E dói saber que nem com muita psicoterapia,  remédio controlado e força de vontade, eles não vão melhorar com tanta facilidade. A teoria é linda da boca pra fora, mas quando pegamos o cru, a dor e a mente humana são absurdas e impenetráveis.
"Engole esse choro!" escutei da minha mãe (há uns 3 anos) depois de uma briga com minha irmã em pleno surto dela. 

domingo, 17 de agosto de 2014

"gay? meu filho não!"

Adolescentes. Particularmente temos nossas ideias pré formadas sobre o que são, o que esperam. E afirmam que são rebeldes, querem sair sábado a noite ou aproveitar na noite de sexta feira na casa da namorada... ou em algum motel da cidade. Recentemente conheci um adolescente (15 anos!) que não tem essas características, e é colocado como um problema para os familiares, mais ainda por terem desconfiança dele ser homossexual. Ele nunca levou uma namorada para casa, não fala de garotas, diz que tem nojo de beijo na boca, "tem trajetos" gay, tem amigos gays, não sai com os amigos no final de semana, não bebe e quando era criança gostava de usar objetos da mãe (roupas e sapatos). Todas essas afirmações são colocadas por familiares!!! 

Sim, meu queridos leitores, o menino é colocado como "estranho" por toda família por apresentar características que só pertencem a ele (e ninguém sabe de fato se é verdade!), todavia, a família inteira apresentam argumentos homofóbicos para tentar identificar qual o problema do garoto. Enquanto todos pensam na sexualidade dele, ou mais ainda, em ele ser gay, eu penso na adolescência desse garoto e no sofrimento psicológico que deve existir. Ele não tem bom relacionamento com o pai, praticamente eles não se falam, a relação família não me parece a mais confortável e ele não me parece ter amigos para conforta-lo.

Imagino o quanto seja difícil ter um adolescente gay na família, não pelo fato em si, mas pela pressão social que existe em todos os lugares. Entretanto, fico assustada como as pessoas tratam gays ou lésbicas ou sentem medo só de pensar que seu parente pode ser "desse grupo". Honestamente: o ser humano me assusta!

(Falam que o garoto é gay, todavia, esquecem as outras milhões de possibilidades da sexualidade humano...)

sábado, 9 de agosto de 2014

Trajetória

E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando história...
trecho de "Trajetória", de Maria Rita.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Soledad

Soledad,
Aqui están mis credenciales,
Vengo llamando a tu puerta
Desde hace un tiempo,
Creo que paseremos juntos temporales,
Propongo que tú y yo vayamos conociendo.

trecho de Soledade, de Jorge Drexler.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

S. por S.

Vou ao local mais perto de casa e compro algumas cervejas. Passo pelos vinhos e lembro dele, penso que apenas digitar seu número no visor do celular o traria para perto, mas penso nas consequências, nos arrependimentos posteriores. Subo os dois andares, entro em casa, coloco as cervejas na geladeira e preparo o quarto para mais uma madrugada. Músicas diversas, o celular no silencioso, um bloco de notas e uma caneta. Trago as cervejas para perto, abro o amendoim japoneses e mergulho para mais uma madrugada comigo mesma.

Enquanto o dia amanhece e os primeiros raios de sol surgem, começo a arrumar a bagunça que fiz. Posteriormente, deito na cama e deleito do prazer mais incrível: a solidão e a embriagues. Vou a janela entre-aberta e vejo o vizinho fumando três janelas depois... trocamos olhares e sorrisos, ele tentou dizer algo, mas considerei que aquele momento não seria o apropriado para contato social/sexual.

ou talvez aquele seria o melhor momento para isso.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não consigo escrever sobre nosso amor Eu sinto amor, sinto a necessidade de você Da tua presença em minha vida, mas na escrita não consigo expressar todos os sentimentos bons por ti! Cuspo meia dúzia de palavras... e já não consigo mais.
Consigo escrever sobre minha insegurança, a nossa devastadora relação, a dor transpassando a pele. Os limites não impostos, a saudade do passado mais tranquilo, os demônios na minha cabeça e os dias que podia confiar em você.

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Relação perdida Cortada pelo caminho
Coberta de sangue azul e preto
Vermelhos de dor

Cambaleada pela vontade egoísta O ciclo vicioso do egocentrismo
Do limite do outro
Abusada e usada Até a última gota de sangue
Sem limites para matar, bater e ferir!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

diferenciar

Ele Chico, eu Bethânia
Eu Brasil, ele México
Ele Brahma, eu Boêmia
Eu amor, ele saudade.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

mais um capítulo

                O ciclo vicioso continua. Sinto-me perdida, abandonada, chateada. Ele tenta, eu também. Coloco pensamentos positivos, faço imagens ilusórias para não surtar. Nado contra o mar. Busco ajuda, conversas e descontrações. Mas é tudo ilusão!
                A cada semana uma nova novidade... a última foi a certeza que o ciclo nunca irá acabar, que a sombra sempre acontecerá. O momento que me sinto mais forte, é o momento que a novidade chega para desestabilizar. E desestabiliza! É mais forte que eu, é mais forte que os pensamentos, é mais forte que as ajustas que busco.
                Ainda sinto-me frágil, confesso. E confessar é dizer que os demônios continuam!

sábado, 14 de junho de 2014


duas tapas na face
e um:
"PUTA" ao telefone.

mais uma vez humilhada,
estraçalhada,
cortada

dores e dores:
a auto imagem mais que destruída
dessa vez em gestos
além das palavras

"puta" e duas tapas.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Querida F.,

hoje lembrei de ti. Encontrei uma moça que tinha semelhanças contigo. Lembrei daquele janeiro e da nossa tarde maravilhosa,  confesso que sentir saudade da tua pele e teu sorriso exagerado. Sentir saudade dos teus segredos e medos... sentir saudade dos teus beijos, admito. Sentir saudade do peso do teu corpo sob meu ombro e teus dedos pelo meu corpo. Sentir saudade do teu abraço. Sentir saudade de elogiar a ti e receber elogios. Sentir "muitas saudades" quando olhei a moça, e mesmo diante de tanta saudade lembrei o motivo de não estarmos juntas e de não repetimos aquela tarde, não do jeito que foi pelo menos. Querida F., agradeço infinitamente tua tomada de atitude para chegar em mim... E como disseste "nas lembranças podemos ficar juntas".

Com amor, carinho e "saudades",

S.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

3 de Junho de 2014

Mais um aniversário completei. Há vinte e dois anos nascia, no dia três de junho. Esse ano foi diferente,  quando acordei quero dizer... não tinha minha mãe e minha irmã ao pé da cama para festejar comigo mais um ano, não teve os planos para o dia ou o bolo que elas sempre insistiam em fazer mesmo sabendo que não gosto de bolo. Todavia algo similar ocorreu... na noite anterior ao aniversário meu pai entrou no quarto e disse "quem faz aniversário amanhã? " e falei "eu" com a voz mais infantil que conseguia fazer. Ele e eu repetimos por mais duas vezes esse diálogo e ele desejou boa noite.

O dia três amanheceu triste, estava cheia de dores emocionais e física. Minha mãe entrou no quarto, cuspiu feliz aniversário, disse que pretende mudar de para outro estado com minha irmã e deu o dinheiro para comprar pizza quando eu chegasse em casa (a noite!). Nem a preocupação dela mesma comprar teve... nem o sacrifício de descer dois andares e comprar na esquina de casa foi pensado. Dói!

O dia ocorreu como todos os aniversários... doeu, dói.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A interlocução das palavras tortas O poder da distorção, do perigo Penso na atitude que conheço, reconheço E me lambuzo 
As distorções dos mundos Arrependo-me: não, ainda não E o pior é não sentir arrependimento nem dor Dois mundos, Histórias, Um corpo, Duas vontade, Mil almas
Não reconheço ao olhar-me ao espelho É outra, tudo é de outra Até a pele e o osso. Os ossos trincado em busca de liberdade Querendo atravessar a pele e aparecer coberto de sangue Transpirando dor.


04-05-2014

quarta-feira, 28 de maio de 2014

L.

Querido L.,

não o encontro porque sei que pode haver desentendimentos,
não entre mim e você,
mas comigo e outra pessoa.


Gosto de tua companhia, do teu sorriso torto,
das nossas conversas desconectadas
Gosto de ouvir tuas certezas, inquietações e sonhos
É incrível como o café contigo tem outro sabor,
não, não é amargo, como tu diz:
"De amargo já basta a vida".

Querido L.,
Preciso de tua companhia, tua voz,
Teu abraço.


S.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

V.

Fui deixada na porta do prédio como mais uma criança abandonada
Como mais um objeto na vitrine esperando o próximo vendedor
O objeto sexual ou físico do entregador, da espera
O silêncio caprichoso, do saber supremo.
Mais uma vez esquecida pelas verdades de terceiros
Ou nem isso!
Ocultações das ações concluídas,
inconclusivas.
- O carro em alta velocidade partiu

(Se ao menos conhecesse toda dor que carrego no peito!)

Os outros pensam que sou perfeita
Corpos e atitudes não descrevem realidade
Descrições da loucura também não
Sinto muito por tuas lágrimas, aqui corre tantas outras
Gostaria de chegar a ti e dizer meus sentimentos
Mas não posso
Sou paralisada pela "ética", pelo medo.

Silêncios e beijos... é o que desejo e sinto, e penso.

Deixo o abraço sem toque!

terça-feira, 20 de maio de 2014

tenha medo de mim,
não sou tua boneca frágil ou brinquedinho de estimação
sou carne, ossos e tenho o instinto da violência,
da violação

sou pura e demoníaca
como todos os seres humanos

não pense que irás me colocar
como escudo para tua vida
não sou de aço, não para você

tenho defeitos e sou defeituosa,
tenho limites
e coração
não tente comparar teus erros
com os meus

os meus, meu querido,
os meus quem cuida sou eu
e eles não atingem diretamente 
a ninguém!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

eu




Até tento, mas é mais forte
não é você, não é ela/s

Sou eu.


Sou eu que não consigo conviver passivamente,
sou eu que vivo com sombras e medos,
não é você, sou eu.
 
Sou eu que entro no passado, futuro e presente constantemente
Sou eu que viajo junto com os demônios, sou eu que sou atormentada
Não é você, ENTENDA!, sou eu.
Quem atingiu meu coração, fui eu,
e claro, você também.


domingo, 11 de maio de 2014

a esquina que vamos cruzar

Sinto-me embriagada ao teu lado mesmo sem tomar nenhum álcool, o corpo
vibra fácil e a cabeça viaja de forma inusitada,
sinto-me bêbada, desequilibrada e contente.
O riso e a felicidade aparecem 

o risco das próximas palavras
é real,
é fantasioso.

Teu jeito sério demais às vezes é incomodo,
tuas piadas sem graça ou o café com canela é o clímax dos encontros
Mesmo detestando repetições, a "Dalena" já virou nosso cantinho.

É estranho teu estilo de filme,
e assusta-me quando mostra não ser cru como eu.
Diz que sou Santa, mas no fundo
você ainda não conhece o demônio dentro de mim.
Sou feita de sangue e fogo,
mas a ti nunca demonstrei.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

estranha forma

Quase 19 horas anunciei, já sabíamos que iria acontecer, estava escrito há tanto tempo. Mesmo com tanta certeza (?) o rosto ficou coberto de lágrimas, não de tristeza, mas de dor e desespero. O desespero em não tocar mais em rosto teu, o desespero de não saber mais teus dias, o desespero de não construir um futuro contigo. A dor da saudade, a dor da lembrança, a dor dos momentos vazios chamando por você.

Intimamente sei que voltarei a procurar-lo, do meu jeito meio estranho, mas voltarei. Talvez você já terá esquecido de mim e nem lembre da nossa história, ou tenha vagas lembranças de algo que ficou no passado. E não terá problema, voltarei pelo caminho que percorri e deixarei o arrependimento tomar conta de mim por algum tempo.

Saiba que te amo e vou continuar amando, mesmo muitas vezes não aceitando tal amor.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

.

Parei de respirar por alguns segundos ou minutos, não sei. Infantilidade acreditar que todos problemas iriam embora assim. Descobrir que depois do desmaio não dominamos mais o próprio corpo, e é ele quem domina a gente. Parei de respirar porque essa era a única ferramenta disponível no momento.

Vontade de ir embora, mudar de cidade, estado ou país... vontade de mudar o rumo.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

abril

Dezesseis dias faltam para completar 10 anos de ausência. Vários textos já foram escritos ao longo de uma década, inúmeras vezes já mencionei o quanto dói e a falta que sinto. Inúmeras vezes já descrevi a última visita ao hospital, a última frase e até o último toque. Não há mais palavras, mas há lembranças. E esse ano as lembranças foram mais fortes, mais vivas, se materializaram.

O hospital que o visitei pela última vez, visitei outro alguém nos últimos meses tantas e tantas vezes. Os mesmos corredores, as janelas, o cheio, a mesma porta. Dessa vez não tinha o guarda para dizer que não tinha idade para entrar, não tinha meu pai para insistir, não tinha mais meu andar de menina tentando ser um ano mais velha.

Dessa vez tinha apenas as lembranças e o choque de reencontrar tudo no lugar, tinha as lembranças que ninguém naquele espaço conhecia. E o choro contido em forma de sorriso.

by.: escrito em 12 de abril de 2014

sábado, 26 de abril de 2014

ty

Hoje tocas em corpo meu como teu. E hoje sou tua. (Completamente!) Novamente entramos em mais dias de renovação. Ingênuo da nossa parte acreditar que somos eternos. Não adianta acreditar! - falo de forma livre, sem insinuações. Sou em carne viva, a flor da pele, e a escrita torna-se crua. Não pertences a mim, não pertences a ninguém. Tuas histórias são momentos; hoje sou passado, presente, futuro. Sou crua, corpo e alma. Sou tua, pelo menos hoje. Sou nua, estou nua. Nua, crua: o líquido entre as pernas. O dia inteiro no desejo mais profundo das tuas entradas mais secretas. Entra em mim, passa tua pele na minha. Entra em mim.

sábado, 19 de abril de 2014

bu...

Não é mais possível, digo entre as paredes. Sua visão de mundo corta meus princípios. Você diz que vivemos monogamicamente. Queres enganar a quem? Tu podes viver coisas; mas fica puto se levanto alternativas. Foda-se, meu bem, foda-se. Aceitar você novamente é aceitar teu estilo de vida, tuas mentiras. Vive tuas histórias, tuas ilusões amorosas... deixe-me em paz. Teu "tudo" não me basta, suas ideias não me completam. Poderíamos viver lindamente com nossas histórias, eu com as minhas, e você com as suas, mas ocultações e mentiras não cabem na minha buceta. Mostra-se ser um homem honesto e cheio de princípios, teu sangue não pertence a mim, não pertence a ninguém. 

Espero que nunca se arrependa das dessas histórias,
em meu corpo não tocas mais.

sábado, 12 de abril de 2014

permitir

Me deixe entrar Encostar em tua pele Tentar fazer doer menos Quero simplesmente que abra a porta para mim... Deixe-me pensar contigo em alternativas Permita-me aproximar dos teus demônios

Podemos abrir novas pontes Podemos sarar nossas dores... coloca-los em portas malas e esconde-las dos nossos dias! Podemos olhar o pôr do sol num dia comum ou contemplar o mar num dia de nublado Podemos caminhar na chuva e aproveitar os pingos sob nossa pele... Podemos inventar juntos novas formas de aproveitar o domingo a tarde Podemos viver momentos bons.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

abrigar

Entre teus beijos me afogo Entre teu fogo me aqueço
Entre tuas mãos sou domada Entre teus domínios sou pureza
Entre mim e você há pedidos
e suplicas. Entre nós, não há
mais nada.

terça-feira, 1 de abril de 2014

poetizado

Falsas leituras, você poderia pensar.
Verdadeiras leituras, eu penso.
Escrevo a quem ler pelas entrelinhas, pelos não escritos.
leio outras escritas, não compreendo as entrelinhas
Sinto vários sentimentos distintos, é estranho. releio outros textos, outras pessoas, outros sentimentos. ainda sinto-me estranha
as outras escritas batem na carne, no sangue, sinto tudo.
vontade de fugir, desaparecer
vontade de reler

terça-feira, 25 de março de 2014

cada um

Conheço todos os truques, também faço os mesmos. Igual a ti, conheço todos os sorrisos, aconchegos e apertos. Vivemos a mesma realidade - a mesma vontade! -, mas os medos tornaram-se responsáveis pelos espaços.

(Vivo entre o certo e o errado...)

Usamos até as mesmas palavras com tonalidades diferentes. Como sempre disse, como sempre pensei: somos diferentes, mas no cru, vivemos a mesma base.

terça-feira, 11 de março de 2014

rru

E dentro de tantas histórias a nossa é inserida como mais uma vírgula
Mais uma vez atravessamos o caminho um do outro como meros desconhecidos
Um homem e uma mulher na mesma calçada
com pensamentos e sentimentos distantes
Respirando o mesmo ar

Coração chamando e gemendo por outro alguém
outro alguém que afirmávamos nunca olhar
Quem és tu atualmente?
Teus olhos e teu jeito estranho de caminhar continuam os mesmos
E teu cabelo também Ah!, teu cabelo.


10 De fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Engole tuas palavras.
Vomita tuas frases.
Faça o que quiser:
só não me coloque como escudo de guerra.

21 de Outubro de 2013
23:56

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"mas é só tristeza"

Ao abrir a janela sinto o vento frio tocar minha pele, é incomodo, mas continuou ali. Olho ao redor, percebo a quantidade de luzes ligadas para esse horário, são quase 4 horas da manhã, penso que talvez outras pessoas não tenham conseguido dormir, assim como eu; e que talvez, a cabeça delas sejam como uma maquina destrutiva que arranca toda possibilidade de descanso e sossego. Mais um vento frio, não tenho para onde correr, permaneço. Olho para baixo, alguns metros me separam do chão, não sei exatamente quanto, estou no segundo andar, não é muito. Sento na janela, agora meu corpo todo sente o incomodo do vento frio. "tenho medo de cair?" me pergunto, e a resposta é imediata "não!". Como são poucos metros, penso, não iria machucar, no máximo alguns arranhões, mas iria sentir o prazer da queda, todo o vento frio passando pela pele... começo a imaginar como seria... nua, sim, gostaria de ir completamente nua, gostaria de alguns segundos de liberdade, alguns segundos de paz, apenas pensando no quanto maravilhoso estaria sendo o vento, o ar, a liberdade e o silêncio. E por fim, sentir a dor, seja ela qual for, do meu corpo contra o concreto. 

19 de Janeiro de 2014
04:15