sexta-feira, 29 de agosto de 2014

mundo cruel

E às vezes penso que não tenho motivos para ser desequilibrada. Mas quando situações familiares acontecem, é impossível não pensar qual é meu sangue. O que não faltam são crises dentro da minha casa. Crises de todo tipo, mas as psicóticas e as histéricas ganham mais destaque. É absurdo pensar que termino Psicologia em 4 meses dentro de um contexto familiar animalesco. E dói saber que nem com muita psicoterapia,  remédio controlado e força de vontade, eles não vão melhorar com tanta facilidade. A teoria é linda da boca pra fora, mas quando pegamos o cru, a dor e a mente humana são absurdas e impenetráveis.
"Engole esse choro!" escutei da minha mãe (há uns 3 anos) depois de uma briga com minha irmã em pleno surto dela. 

domingo, 17 de agosto de 2014

"gay? meu filho não!"

Adolescentes. Particularmente temos nossas ideias pré formadas sobre o que são, o que esperam. E afirmam que são rebeldes, querem sair sábado a noite ou aproveitar na noite de sexta feira na casa da namorada... ou em algum motel da cidade. Recentemente conheci um adolescente (15 anos!) que não tem essas características, e é colocado como um problema para os familiares, mais ainda por terem desconfiança dele ser homossexual. Ele nunca levou uma namorada para casa, não fala de garotas, diz que tem nojo de beijo na boca, "tem trajetos" gay, tem amigos gays, não sai com os amigos no final de semana, não bebe e quando era criança gostava de usar objetos da mãe (roupas e sapatos). Todas essas afirmações são colocadas por familiares!!! 

Sim, meu queridos leitores, o menino é colocado como "estranho" por toda família por apresentar características que só pertencem a ele (e ninguém sabe de fato se é verdade!), todavia, a família inteira apresentam argumentos homofóbicos para tentar identificar qual o problema do garoto. Enquanto todos pensam na sexualidade dele, ou mais ainda, em ele ser gay, eu penso na adolescência desse garoto e no sofrimento psicológico que deve existir. Ele não tem bom relacionamento com o pai, praticamente eles não se falam, a relação família não me parece a mais confortável e ele não me parece ter amigos para conforta-lo.

Imagino o quanto seja difícil ter um adolescente gay na família, não pelo fato em si, mas pela pressão social que existe em todos os lugares. Entretanto, fico assustada como as pessoas tratam gays ou lésbicas ou sentem medo só de pensar que seu parente pode ser "desse grupo". Honestamente: o ser humano me assusta!

(Falam que o garoto é gay, todavia, esquecem as outras milhões de possibilidades da sexualidade humano...)

sábado, 9 de agosto de 2014

Trajetória

E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando história...
trecho de "Trajetória", de Maria Rita.